SkyTrain: Como Funciona o Metrô de Vancouver?

SkyTrain - Expo Line. Foto: Daniel Nahum

Se você está planejando uma visita ou pretende morar em Vancouver, é impossível não mencionar um dos grandes destaques da cidade: o SkyTrain.

Muito mais do que apenas um meio de transporte sobre trilhos, ele é uma experiência única que eu recomendo a todos.

Por que o SkyTrain é especial?

O SkyTrain é um dos transportes coletivos mais eficientes do Canadá, conectando várias regiões de Vancouver e cidades vizinhas, facilitando a vida das pessoas e reduzindo a dependência de automóveis. 

Como parte da Translink (sistema integrado de mobilidade urbana), é possível utilizar o mesmo bilhete também no ônibus, Seabus (balsas para deslocamento sobre a água) e West Coast Express (trens de longa distância para passageiros).

Durante o ano em que morei em Vancouver, o SkyTrain foi meu principal meio de transporte. Utilizava para ir ao College, explorar a cidade nos finais de semana, ir ao supermercado, etc. Nos horários de pico, os trens estavam sempre lotados e a frequência era por volta de 3 minutos. 

Dentros dos vagões é um ambiente bastante seguro, muitos passageiros usam o celular e entram de mochila sem preocupações. 

Curiosidades sobre o SkyTrain

1. Trens são controlados da central

SkyTrain - Canada Line. Foto: Daniel Nahum

Pois é! Não há maquinista! Os trens são controlados pela central, o que proporciona vistas espetaculares para os passageiros em alguns pontos da cidade. Já vi muita gente tirar fotos e crianças se divertindo na janela frontal; sem dúvida, a paisagem torna a viagem bem mais agradável.

Os trens também podem ser operados por um maquinista, possuindo todos os comandos necessários. Isso ocorre apenas quando há um defeito ou em condições climáticas severas - no caso a neve - que, apesar de rara em Vancouver, quando cai em grande volume, impacta consideravelmente seu funcionamento.

2. Podem chegar até 80 km/h!

SkyTrain - Expo Line. Foto: Daniel Nahum

A velocidade do SkyTrain me impressionou bastante. Utilizando um aplicativo de velocímetro, pude registrar 80 km/h nos trechos de reta. A aceleração é eficiente e sem solavancos, já a redução é mais evidente podendo desequilibrar pessoas em pé. Por isso, segure firme!

3. O SkyTrain circula acima do solo

Estação Capstan - Canada Line. Fonte: translink.ca

Na maior parte do tempo, o SkyTrain circula em estruturas sustentadas por pilares de concreto. Isso viabiliza um planejamento urbano mais flexível, permitindo que os automóveis circulem com mais liberdade, criando espaços para caminhada e até adição de jardins, por exemplo. 

Já no centro de Vancouver, os trens circulam no subsolo.

4. Conexão com o Aeroporto

Aeroporto Internacional de Vancouver. Foto: Daniel Nahum

Em apenas 20 minutos, é possível sair do centro e chegar ao Aeroporto Internacional de Vancouver (YVR Airport). O acesso é realizado pela Canada Line.

5. Trens de Reserva

SkyTrain - Millennium Line. Foto: Daniel Nahum

Em locais estratégicas, há trens estacionados que estão sempre prontos para alguma eventualidade.

6. Ponte Exclusiva

SkyBridge. Foto: Daniel Nahum

Localizada entre os municípios de New Westminster e Surrey está a SkyBridge, uma das pontes exclusivas para transporte coletivo mais longas do mundo. Essa ponte passa sobre o Fraser River.

Quantas linhas o Skytrain possui?

A rede metroviária da Translink possui 3 Linhas (Expo Line, Millennium Line e Canada Line), atendendo a cidade de Vancouver e boa parte de sua região metropolitna.

Divisão por Zonas

Fonte: translink.ca

A TransLink divide as áreas atendidas pelo SkyTrain em 3 zonas - onde a tarifa cobrada na Zona 1 é a mais barata e a Zona 3 é a mais cara:

• Zona 1: Vancouver
• Zona 2: Burnaby, New Westminster e Richmond
• Zona 3: Coquitlam, Port Moody e Surrey 

Observação: North Vancouver e West Vancouver pertencem a Zona 2, mas não possuem acesso direto ao SkyTrain.

Importante:

• Aos fins de semana, a tarifa cobrada é da Zona 1, independentemente de onde você estiver indo.
• Os ônibus possuem tarifa única, sem influência das zonas.

Formas de Pagamento

Existem diversas maneiras de pagar pelo SkyTrain e outros serviços da TransLink:

Bilhete único: Ideal para trajetos simples.

Passe diário:  Dá acesso ilimitado a todo o sistema por um dia.

Compass Card: Um cartão recarregável que oferece duas opções:

1. Adição de Créditos: Você carrega um valor e utiliza conforme necessário. 

2. Passe mensal: Dá direito a viagens ilimitadas durante um mês de acordo com a zona escolhida. Atenção: se comprar o passe mensal no dia 15, por exemplo, ele ira funcionar somente a partir do dia 1º do mês seguinte (isso aconteceu comigo!).

Como era no meu caso?

Eu morava perto da estação Nanaimo da Expo Line e utilizava o SkyTrain quase todos os dias. Por ser em Vancouver, eu poderia escolher o passe mensal da Zona 1, mas optei em pagar um pouco mais pelo passe da Zona 2. O motivo principal era para ter acesso ao maior shopping da Província de British Columbia durante a semana: Metropolis Metrotown, em Burnaby. 

Era o shopping mais próximo da minha casa e constantemente ia lá devido à extensa variadade de produtos e serviços, que não encontrava em outras regiões.

Considerações finais

O SkyTrain é um exemplo de excelência e facilita muito o deslocamento das pessoas. Contudo, como todo transporte coletivo, não é perfeito. Já fui submetido várias vezes a situações incômodas que causaram atrasos e desconfortos. Imprevistos acontecem, por isso ative as notificações por SMS para ficar por dentro de todos os imprevistos no momento em que eles acontecerem.

Para mais informações, acesse o site da Translink: https://www.translink.ca

Assista também um vídeo no YouTube que produzi na época, mostrando cenas muito legais e explicações rápidas sobre o funcionamento do SkyTrain:

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